domingo, 8 de agosto de 2010

Eu, eu mesma, minha sombra e a amiga dela


Nunca gostei de rótulos. Não por achar horrível quem se limita em apenas algumas palavras. Mas, secretamente, por nunca ter conseguido definir exatamente como sou. Sempre tive inveja daquelas pessoas super seguras que sabem quem são e não deixam nada abalar essa certeza.

Palavras alheias me descrever melhor do que as minhas próprias. Canções, poemas, frases de filmes ou de livros de ficção são melhores do que eu poderia falar. Não à toa, tenho um arquivo do Word cheio de citações sempre a postos para quando preciso dizer alguma coisa sobre mim.

Mas, dessa vez, vou tentar. Aí vão algumas informações que acho importantes - necessárias, eu diria – para um melhor aproveitamento desse blog. Sempre gosto de conhecer o autor antes de ler seus textos. Como eu não estou no Wikipedia (ainda!), aqui vai uma breve biografia:

Nasci em Miraí (MG), no dia 14 de janeiro de 1991. Se você perguntar minha idade, posso mentir. A não ser que seja realmente relevante, posso ter entre 12 e 84 anos. Não gosto de ser julgada por um número – e, pra mim, a idade não passa de um número.

Se tem uma coisa da qual me orgulho é o fato de ter nascido em Minas Gerais. Queria de verdade nunca ter saído de lá. Mas, às vezes, acho que foi melhor. Mudei bastante durante os primeiros 8 anos de vida. Meu pai trabalhava no Banco do Brasil e vivia sendo transferido, para desgosto da minha mãe. Morei em Belo Horizonte, Juiz de Fora, Brasília, Curitiba. E, por algum erro cósmico, vim parar em Brasília, de vez, em 2000.

Não que eu não goste dessa cidade, adorei ter crescido aqui. Mas, convenhamos, depois que você passa dos 17 anos e já explorou praticamente todos os arredores, essa cidade de concreto perde um bocado da graça.

Atualmente, faço Jornalismo na Universidade de Brasília. Digo atualmente porque já passei por outros cursos. No primeiro semestre de 2009, entrei para Pedagogia (UnB) e História (CEUB).
É uma longa história para depois. O importante é que, no segundo semestre de 2009, entrei para o curso de Comunicação Social da UnB.

Apesar de desanimar facilmente com as coisas, o Jornalismo sempre foi uma paixão. Mesmo quando estava adormecida, ela ainda estava ali, presente, e eu podia sentir. Minha falta de ânimo, hoje em dia, é direcionada à Universidade, não ao jornalismo em si.

O que determina o que uma pessoa é não é o que ela faz. Há diversas outras características que podem lhe dizer muito mais sobre mim do que ‘faço Jornalismo na UnB’. Sou extremamente tímida e calada à primeira vista. E, por conta da timidez, tenho uma lista de coisas que me deixam desconfortável: falar ao telefone, falar com pessoas desconhecidas, falar com pessoas desconhecidas ao telefone, responder chamada e fazer perguntas em voz alta na frente da sala, errar de um modo que as pessoas notem meu erro, etc.

Essa lista, garanto, diminuiu bastante quando eu comecei a fazer aulas de Teatro. É uma das coisas que eu mais sinto falta ultimamente. Das aulas de Teatro, das pessoas que perdi pelo caminho, de ir ao cinema toda sexta e de alugar 10 filmes por semana, de poder correr sem destino e não por pressa, de não viver agarrada ao celular, à internet ou à TV e sim a algum livro de aventura. Sinto falta de andar por horas a fio cruzando essa cidade de ponta a ponta. Sinto falta de ver a Silma, a Luísa e a Cíntia às 07h10, de segunda a sexta.

Sim, pode-se dizer que saudade me define. Sou daquelas que sente saudade até do que não viveu. E que a saudade não faz doer, mas tem aquele gostinho bom. Sou daquelas que você pode chamar de ingênua, boba, mas prefere ser chamada de positiva. Que vê o melhor lado em todo mundo e acredita (de verdade, com todo o coração) que nenhuma pessoa é capaz de fazer o mal a outro ser vivo – até ter seu coração e confiança estraçalhados.

É daquele tipo que recolhe os cacos, cola um por um, não olha para trás – não significa que esqueceu ou que perdoou – e segue em frente. Prefere sonhar e ter a cabeça nas nuvens e um dedo no chão a ter os dois pés fincados na terra. Até porque eu sou vento, sou libélula. E o mundo cabe nas minhas mãos, acredite.

Essa sou eu. Mineira, 19 anos, estudante de Jornalismo na Universidade de Brasília. Baixinha, sonhadora, tenho um olho verde e outro castanho – quando eles não resolvem mudar de cor. Não suporto o fixo, o imutável. Rearrumar os móveis do quarto a cada 2 meses é a maneira que encontrei de mudar meu mundo enquanto nada acontece. Prometi, no ano passado, que deixaria o cabelo crescer e só cortaria no dia da minha formatura. Desde então, já fui ao cabeleireiro mais de 3 vezes. Tenho mania de roer unhas quando estou nervosa – e quando também não estou. Sou ansiosa, nervosa, esquecida, perco o sono facilmente e durmo ainda com mais facilidade. Dorminhoca, preguiçosa, quando me empolgo com alguma coisa, sai da frente!

Essa sou.

E para não perder o costume:

“Cada um sabe dos gostos que tem,
Suas escolhas, suas curas, seus jardins.
De que adianta a espera de alguém?
O mundo inteiro reside dentro em mim.
Cada um pode com a força que tem
Na leveza e na doçura de ser feliz”

2 comentários:

  1. Tem tanta coisa que eu não disse. Mas isso é bom. Perde a graça se eu contar tudo aqui. :)

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  2. Adorei saber que eu sei tão pouco, se é que eu deveria saber mais, pois assim vou querer sempre passar por aqui para ver se tem mais histórias.
    bjs

    Lala

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